Juiz de Fora

sábado, 18 de janeiro de 2014

Maratona Woody Allen (4) (346)


Simplesmente Alice
(1990)




Alice (Mia Farrow) é uma dona-de-casa "exemplar" e casada com um burguês discreto (William Hurt) e bergmaniano (gentil, polido, zeloso dos deveres domésticos, mas sem paixão, quase oco). A vida Alice consiste em cuidar da casa, dos filhos menores e gastar. Não é uma mulher fútil, perversa e sádica como as burguesas de filmes latino-americanos, lembra mais alguém que se adapta ao ideal de esposa padrão, algo que remonta aos anos cinquenta. Mas Alice está estressada, sente atração por um músico (Joe Mantegna) pai de uma aluna da escola de seus filhos, e acredita que sofre de dores na coluna. Por sugestão de uma amiga ela vai até Chinatown se consultar com um médico chinês especializado em ervas. O médico a hipnotiza, identifica a origem dos males, e lhe fornece as tais ervas. Alice agora vai romper limites.

O tema deste filme de Woody Allen é bastante conhecido: vive-se uma vida vazia, sem sentido, mais cedo ou mais tarde a maioria das pessoas vai pelo menos desconfiar que não encontrou a felicidade naquilo que lhe prometeram (no caso da universalidade feminina, um bom casório). Não cheguei a nutrir muita simpatia pela "pobre" dona-de casa rica, o mais interessante é o médico chinês, tratado como um sábio (um clichê que remonta aos hippies, ocidentais em crise? Go east).

Um comentário:

  1. eu adoro esse filme, delicado, bonito. acho-o nostálgico. beijos, pedrita

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