Juiz de Fora

sexta-feira, 1 de junho de 2012

O Panótico vê aqui e agora (258)




In darkness
(2011)


Lvov, Polônia, 1943. Leopold "Poldek" Socha e seu empregado Szczepeck são trabalhadores dos esgotos. Os dois se utilizam do sistema sanitário para eventualmente furtar residências. Em certa empreitada topam com um grupo de judeus escapando do extermínio do gueto de Lvov (Lviv, na Ucrânia do pós-guerra) Ele propõe guiá-los pelos esgotos e lhes providenciar refúgio em troca de pagamento extorsivo ou, se recusassem, os entregaria aos alemães. O grupo é numeroso e ele concorda em esconder apenas uma dúzia deles. Durante os quatorze meses seguintes, até a chegada dos russos, Poldek ajuda a mantê-los sob os esgotos. Inicialmente ele está lá apenas pela grana e enfrenta o desprezo de um dos líderes. Com o tempo ele passa realmente a sentir empatia pelo grupo.



Não vou aqui discutir sobre o papel de filmes sobre o Holocausto, já opinei sobre o tema neste e em outros blogues. Ao lado de Lista de Schindler, O pianista, Muito mais que um crime, este In darkness se encontra entre os melhores filmes sobre o tema. De todos me parece o menos melodramático, talvez aquele que trata da brutalidade extraordinária dos fatos e simultaneamente da forma com que o ser humano busca um amparo emocional mesmo em situações as mais extremas. Baseado em fatos reais, a partir do relato da garotinha sobrevivente, o protagonista Poldek é um herói por agir mesmo tendo dúvidas, não por ser destemido, mas por ser o herói das circunstâncias.



Dirigido por Agnieska Holland, de quem já vi O jardim secretoO segredo de Beethoven e alguns episódios da The wire.

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