Spinner
(Brian Eno & Jah Wobble/1995)
A minha angústia por não ter o que ouvir é fogo. Eu fico muito desanimado com o que fazem por aí. A MTV não serve para mais nada desde que acabaram com programas como Lado B e Amp, há uns dez anos ou mais. A revista New Music Express bate sempre na mesma tecla. A quase totalidade da juventude está interessada em música noturna. E os artistas, bem, os artistas são cada vez mais inseguros diante do mercado e comportam-se cada vez mais como adolescentes.
Então eu tenho que pesquisar nos meus próprios arquivos, e prestar atenção em obras que adquiri há algum tempo mas me desorganizei delas. Não ficarei aqui escrevendo sobre Brian Eno, já o fiz antes, e, ao contrário de trinta anos atrás, quando o ouvi pela primeira vez, quem está antenado em música de "vanguarda" sabe o fundamento teórico e idiossincrasias do trabalho dele. Jah Wobble foi baixista da Banda PIL, de Johnny Lydon, banda que fez um trabalho melhor do que o dos Sex Pistols. Este Spinner reúne composições de Brian Eno que ele teria utilizado em Blue, filme homenagem a Derek Jarman, que já assisti, mas não resenhei.
Spinner é bem dinâmico, bem envolvente, não chega a ser uma obra ambiental ou generativa de Brian Eno, está algo próximo de um jazz eletrônico. Bom, não dá descrever o que ouvi. Bem legal, não aborrece, anima, diverte, etc., e pode ser ouvido a qualquer tempo. Ah, óbvio, é todo instrumental, com forte presença de sintetizadores e do baixo de Wobble.
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