Juiz de Fora

sábado, 1 de outubro de 2011

My best loved 1971 rock albums (10)



Volume 4
(Black Sabbath)

Em 1980 eu morava em uma pensão de estudantes em Juiz de Fora, e um colega me emprestou uma fita original do Volume 4 do Black Sabbath. Já fã ardoroso de rock progressivo, pensava que hard rock e heavy metal era o som dos adversários. A primeira coisa que eu constatei, e fiquei impressionado, foi o fato da banda não ter tecladistas, como será isto possível! Que preguiça ou que ousadia? Enquanto estudava ouvia a fita - emprestada pelo prazo improrrogável de uma semana - e até que gostei de algumas faixas, em especial Changes, de quem era aquele teclado? Fui ler mais tarde que era de Rick Wakeman, e achei bem legal esta troca de amabilidades entre ícones de estilos até então considerados rivais. Nos anos seguintes continuei à margem do som pesado, com alguma ressalva para Led Zeppelin, um caso raro de superbanda que agradava a gregos e troianos. No entanto, desenvolvi uma certa simpatia pelos fãs de metal: embora fazendo uma música que nunca foi para mim, era uma tribo fiel a princípios, coisa muita rara, e que não tolerava fraudes e concessões à indústria fonográfica. Assim, por exemplo, quando Erasmo Carlos e Ney Matogrosso foram vaiados pelos fãs de heavy, no Rock in Rio origimal (1985) eu pensei: bem feito. Moraes Moreira de jaqueta de coro, tachinhas e forrock? Vá te catar.




Nunca mais ouvi o Volume 4, e não sei se gostaria de ficar nostálgico. Independentemente disto, este lp é um dos marcos dos anos setenta e do som pesado. Ouça-o como história, pelo menos.


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