Juiz de Fora

domingo, 30 de outubro de 2011

O Panótico vê aqui e agora (171)



Oranges and sunshine
(2010)



Margaret Humphries (Emily Watson) é uma assistente social em Notthingham (Inglaterra), em 1986. Responsável pelo controle de adoções é informada por uma mulher residente na Austrália de que ela, juntamente com outras dezenas de crianças, teriam sido ilegalmente apreendidas de suas mães (em geral pobres e solteiras) e deportadas para aquela ilha oceânica e indevidamente criadas por um orfanato, - pelo que perderam contato com as suas mães biológicas -, e não por famílias adotivas como lhes havia sido prometido. A assistente acha um tanto inverossímel a história, mas um novo relato semelhante lhe faz pesquisar a questão.



Baseado em uma história real, Margaret faz diversas viagens à Austrália e, paralelamente em que tenta auxiliar centenas de australianos a reencontrarem as suas mães, quer também entender por que cargas d'água os governos britânico, australiano e uma entidade católica anglicana se envolveram com tamanha operação ilegal e imoral, provocando enorme dor à tantas pessoas. Claro que ela vai receber ameaças, deparar com a incompreensão alheia, sacrificar a própria família e sentir parte do sofrimento das vítimas.



Gostei bastante de Hugo Weaving (Priscila, O senhor dos anéis, Matrix) na sua melhor interpretação e de David Wenham (o Faramir de O senhor dos anéis) em papel coadjuvante. É um filme envolvente, que vai te ganhando aos poucos, e dá uma dimensão exata à importância da família na vida das pessoas. Só não gostei de uma musiquinha brega de Cat Stevens que toca por duas vezes, mas isto é uma peculiaridade minha.

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