Juiz de Fora

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

O Panótico vê aqui e agora (215)


O artista
(2011)



Holywoodland, 1927. George Valentin (Jean Dujardin) é um astro dos filmes mudos. Em uma première de seu último filme chega a divertir pessoalmente a plateia por diversos minutos. Meio exagerado, é um mestre das caretas e as mulheres babam no sujeito. Tem um casamento de conveniência, mas parece adorar a si e à vida que leva. Peppy Miller (Bérénice Bejo) atua em pontas de filmes, por indicação do próprio Valentin que em certa ocasião tem um encontrão com a moça diante da imprensa e de uma multidão.




Dois anos depois, a indústria cinematográfica lança os filmes falados, mas Valentin os considera ridículos (na verdade ele não é talentoso com falas). Valentin se recusa a adaptar ao mercado (como Errol Flynn e Charles Chaplin), resolve dirigir e produzir os próprios filmes mudos, e vai à falência. A esposa o abandona, e Valentin conta apenas com a companhia de seu motorista Clifton e seu cãozinho Uggie (um show à parte). Quem poderá salvar o pobre George Valentin? A solução é meio Fred Astaire e Gene Kelly.




Esta comédia romântica vale pela reconstituição quase fiel dos filmes mudos, houve séria pesquisa e há diversas referências a cenas de filmes antigos. Mas não é uma obra prima como Zelig, de Woody Allen, ou um marco como Cliente morto não paga, com Steve Martin. Jean Dujardin é um ator muito bom, mas não é nenhuma grande revelação como um Javier Bardém.




Parece que vai ganhar geral no Oscar, é um filme bem bajulador das mentes hollywoodianas. Mas mesmo assim, vou ver de novo algum dia.

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