Juiz de Fora

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

O Panótico vê aqui e agora (212)


Three Times
(2005)




Três contos de amor com os mesmos atores: um em 1966, falado no dialeto (ou idioma) de Taipei (Formosa), um em 1911, falado em japonês e outro contemporâneo (2005), falado em chinês do norte (mandarim). Um amor não correspondido, um por interesse e outro meio apático. É o terceiro filme do diretor taipei Hou Hsiao-Hsien (n. 1947) a que assisto (os anteriores são Flores de Shangai e  Café Lumière). É um cinema hostil ao público que somente gosta de blockbusters, pois as câmeras são fixas nas locações e não nos atores, as cenas quase não tem dramaticidade, não há sinais humanos, cinematográficos ou musicais para orientar a compreensão do espectador. Para quem, no entanto, tem interesse por um cinema lento, minimalista e que reeduca o olhar do público pode ser um prato cheio. O duro é aguentar as resenhas que lhe atribuem quilômetros de significados.


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