Sob a pele
(2014)
Uma alienígena (Scarlett Johansson, quem mais) chega à Edimburgo, se apropria da "pele" de uma jovem que acabara de morrer (ou ser morta) e passa a dirigir uma van pela ruas da cidade escocesa atraindo rapazes a título de pedir orientação no trânsito. Eventualmente ela obtém sucesso na armadilha e os vê sucumbir diante de sua beleza. Fria, mas provocante, ela segue esta jornada até que alguns incidentes de sedução a fazem despertar sentimentos genuínos, a "pele" adquire alguma autonomia e a transforma.
Quase desistiria deste filme, se não fosse por duas razões: a trilha sonora impactante, e a fotografia impecável de paisagens escocesas. Isto combinado provoca ansiedade, e muito me lembrou filmes como O homem que caiu na Terra e Liquid Sky. Após ler algumas críticas vejo que a minha intuição me ajudou a compreender o filme, há uma crítica ao culto à beleza e ao vazio existencial preenchido pelo hedonismo. Mas há também a questão do corpo como limite ao poder e como meio de humanização. Duas cenas aqui são cruciais, a alienígena fatal se vê impotente diante do mais feio dos mortais e um homem a ajuda sem segundas intenções, apenas por empatia.
Se o objetivo de colocar Scarlett Johansson como protagonista se deve ao seu corpo, sucesso. Mas independentemente disto, foi um de seus melhores papéis, desde Encontros e Desencontros.
Se o objetivo de colocar Scarlett Johansson como protagonista se deve ao seu corpo, sucesso. Mas independentemente disto, foi um de seus melhores papéis, desde Encontros e Desencontros.
O final traz meio que um castigo, uma punição, uma revanche masculina, mas não vou avançar nestes temas psicanalíticos.
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