Juiz de Fora

domingo, 24 de agosto de 2014

O primeiro filme globalizante de que tenho notícia. (385)


Amores brutos
(2000)


Na periferia da capital mexicana um jovem desempregado (Gael García Bernal) possui um cão, é apaixonado pela cunhada, uma adolescente mãe de um bebê, e seu irmão é caixa de supermercado durante o dia e assaltante à noite. O protagonista coloca o cão em lutas até a morte com o objetivo de fugir com a amada. Paralelamente um mendigo vagueia pelas ruas da cidade na companhia de seus cães e comete um homicídio mediante paga. Uma modelo fútil é amante de um editor de revista e tem um namorado galã de tv apenas para consumo do público. As estórias dos três protagonistas vão se cruzar.


Pouco depois de começar a ver este filme pensei: "está me lembrando muito Babel". Dããããã, é do mesmo diretor, o mexicano Iñárritu, é o seu primeiro longa, e Babel é uma conclusão de sua temática.. É um filme que tem muito a ver com a escola sociológica que caracteriza o cinema latino-americano, mas brilha mais pela autenticidade das personagens e situações do que por te querer fazer sentir culpa e passar a militar em movimentos de esquerda. Apesar de ser uma película de apenas duas horas e meia o filme possui uma densidade de roteiro de um longa de muitas horas. Daria tranquilamente uma boa minissérie. É curioso que eu não tenha assistido este filme até hoje. Destaca-se aqui a atuação de García Bernal, em seu segundo longa.


2 comentários:

  1. esse filme é incrível. eu demorei muito pra ver pq sabia que tinha questão com cachorros. quase tive um troço. mas resisti bravamente pq esse diretor é muito bom. gael arrasa. eu ia começar a ver som ao redor, mas vi que tinha história com cachorros com medo de padecer nem continuei, preciso perguntar para alguém que assistiu se fazem maldade com cachorros pra decidir se vejo ou se crio muita coragem até ver. beijos, pedrita

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  2. Pedrita, salvo melhor informação, nenhuma cena de tortura em animais é verdadeira, assim como em humanos. Isto seria incompatível com a cultura política do planeta há pelo menos vinte anos. Lembra da polêmica sobre o macaco e os anões de O lobo de Wall Street? Quem tortura animais em filmes se ferra, além do que Iñárritu é um cineasta "consciente". Um abraço.

    Quanto ao filme Som ao redor acredito que você vá gostar bastante.

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