Juiz de Fora

terça-feira, 26 de agosto de 2014

O mais humanista dos almodovares (386)


A pele que habito
(2011)



Um rico cirurgião plástico (pleonasmo?) (A. Banderas) faz pesquisas sobre transgênese em uma paciente-cobaia. Após perder a esposa em função de um incêndio, ele cria uma pele capaz de resistir ao fogo e bate de frente contra o direito e a bioética. Paremos por aqui.

Resisti por muito tempo a ver este filme, mas agora com a Netflix tudo vale a pena mesmo quando a alma é pequena. Não gosto de ver cenas de cirurgias, o tema da vaidade já está saturando, e pensei se tratar de um filme voltado para a condição gay dos transgêneros, que "se sentem aprisionados em um corpo que não escolherem".

Na verdade, o filme tem tudo a ver com isto, muito a ver com Frankenstein, na verdade, embora não chegue a ser propriamente um filme de terror como li em uma resenha profissional. Inicialmente confuso, não sabemos a priori quem é a moça que vive em uma situação de cárcere privado misto de hospedagem, o filme, no entanto, se esclarece em flashbacks.

Gostei particularmente do final, uma valorização universal da identidade e da liberdade humana.

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