Juiz de Fora

sábado, 16 de agosto de 2014

Divertido e estiloso (383)


O grande hotel Budapeste
(2014)


Europa central, país fictício, 1932. Em um hotel luxuoso um garoto muçulmano consegue emprego de auxiliar e trabalha com um excêntrico gerente (Ralph Fiennes) que seduz mulheres ricas e idosas. Uma milionária (Tilda Swinton) vem a falecer e lhe deixa um quadro valioso, provocando a ira de seu filho (Adrien Brody). Isto nos é contado em flashback por Zero Moustafa, o lobby boy (F.Murray Abraham) para um escritor (Jude Law) que no hotel se hospedou em 1968, e por sua vez o conta a uma garota em 1986.


Baseado em escritos de Stephan Zweig, o escritor que suicidou em Petrópolis (1942) e chegou a acreditar que o Brasil seria o país do futuro (deveria ter razões para isto, na época), este badalado filme de Wes Anderson conta com uma plêiade de bons atores (soma-se aos que citei: Edward Norton, Willem Dafoe e Harvey Keitel) e um amigo do diretor (Owen Wilson). É uma boa comédia, com personagens caricatos e pode encantar o espectador pela grandiosidade do hotel e locações (Alemanha e República Tcheca). Várias cenas têm a rapidez dos filmes antigos. 


Vale a pena sair de casa para vê-lo? Sem dúvida, mas Wes Anderson não fez nenhuma obra-prima, a menos que o (a) leitor(a) ache que Tannenbaums e Darjeeling é coisa que se preze.

2 comentários: