Quando eu comecei a fazer História os professores que tinham doutorado eram pessoas vocacionadas, que tinham feito grande sacrifício pessoal para chegar até lá. Com a democratização do acesso à pós-graduação (ou massificação, como queira), há uns quinze anos atrás, ter um doutorado perdeu parte de seu significado. Recentemente eu tive professores-doutores que exibiam uma cultura acadêmica e geral apenas de superfície, conheciam pouco mais do que o objeto de suas teses, demonstravam pouco interesse pelo conhecimento humano e ainda cometiam graves erros gramaticais e lógicos.
Mas, sem querer fazer o pré-julgamento típico das reportagens jornalísticas, uma doutora em Antropologia praticar injúria racial contra um segurança no exercício da função, é algo que eu não tinha visto.
Doutorado hoje não é garantia de educação, nem formal e nem informal.
Mas, sem querer fazer o pré-julgamento típico das reportagens jornalísticas, uma doutora em Antropologia praticar injúria racial contra um segurança no exercício da função, é algo que eu não tinha visto.
Doutorado hoje não é garantia de educação, nem formal e nem informal.
eu tb me incomodo muito com esses exageros de mestrados e doutorados. li algo de ser o brasil o país com maior número de mestrados e doutorados. como se isso tivesse mesmo algum significado. na biografia da ruth cardoso, o autor fala da pressão que a ruth sofre para fazer um mestrado ou pós sobre os japoneses sendo q ela não tinha interesse, não era a escolha dela e ela acaba acatando. não entendo alguém fazer algo q não seja pela vocação e escolha. perder anos debruçado em algo q não é do interesse. sem falar na quantidade de mestrados aprovados só pq alguém é conhecido, mesmo q o trabalho não tenha profundidade e uma outra infinidade com projetos incríveis com dificuldade de conseguir orientadores e universidades. é um campo muito surreal. beijos, pedrita
ResponderExcluirConcordo plenamente. Na instituição que faço mestrado no mínimo oitenta por cento das dissertações são medíocres, e boa parte delas beira o absurdo. O triste é que após concluir um doutorado às vezes o doutor realmente acredita que é um doutor em alguma coisa.
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