Juiz de Fora

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

O Panótico vê aqui e agora (61)



A origem
(2010)


O protagonista Don Cobb (Leonardo DiCaprio) é contratado por corporações para subtrair segredos de seus concorrentes. Juntamente com sua equipe falha em um determinado serviço e precisa se pirulitar. Mas surge uma proposta irrecusável em sentido contrário: inserir um pensamento em herdeiro de megaempresário moribundo (daí vem Inception, o título original do filme). Cobb é auxiliado por diversos "especialistas", dentre eles uma universitária adolescente que é emocionalmente mais madura do que o seu chefe, e ainda por cima encontra soluções originais mesmo sendo neófita no ramo (aí eu vejo um chavãozinho iluminista: os discípulos que ultrapassam os seus mestres, ou uma forma de cativar dois terços do público de cinema, jogando um foguinho em sua sardinha).



A fotografia é sensacional, e particularmente as citações ao trabalho de Escher, já comentado aqui. Para quem se interessa pelo mundo dos sonhos, e possui alguma formação em Psicologia (eu não) é um prato cheio, pois há uma espécie de meta-discurso sobre a matéria. O diretor inglês Christopher Nolan (Memento, Insônia e os dois últimos Batman) é uma quase unanimidade de crítica e de público.



Os últimos quarenta minutos são muitos agitados, uma sequência excessiva de cenas de ação para um filme cabeça. Como eu não gostei nada de Batman beggins não vejo porque achar que Nolan é um gênio. O final é um clichezinho prá lá de surrado, já exibido dezenas de vezes na filmografia mundial. Mas é um bom filme, reconheço. Aproveitando o que cantava a tia Jagger, it's only movie and roll, but I like it.


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