Juiz de Fora

sábado, 5 de fevereiro de 2011

O Panótico ouve aqui e agora (82)







Go
(Jónsi, 2010)

Jónsi é o apelido do cantor da banda islandesa Sigur Rós, cujo nome completo exige um carácter não disponível em nossos teclados de pc, então fica Jónsi, mesmo. Se você não conhece o Sigur Rós assista ao documentário Heima, totalmente filmado na Islândia, uma das produções mais bonitas a que vi, já resenhado aqui. A voz de Jonsi é linda, e este primeiro álbum solo, Go, não decepciona aos velhos corações roqueiros que ficam entristecidos toda vez que o cantor de uma boa banda decide partir em carreira solo e vem a frustrar os antigos fãs.



A sonoridade do álbum é bem semelhante ao da banda, e Go passaria como sendo um sexto cd do Sigur Rós numa boa. Fora isto, lembra-me muito os discos de Jon Anderson, cantor do Yes, no quesito celebração da vida. Há uma ansiedade peace and love por toda a obra. É uma pena que é uma produção de apenas quarenta minutos, o tempo médio de execução dos antigos vinis. Mas não há sobras e nem faixas compostas apenas para constar. Tendo alcançado os vinte primeiros lugares da parada oficial britânica eu temo pelo fim do Sigur Rós.


No ano passado Jónsi apresentou Go ao longo de oito meses pela Europa, EUA e Japão. O resultado foi o dvd Go Quiet.









2 comentários:

  1. Não concordo, acho que perdeu muita qualidade a solo, que se tornou uma musica lamechas ao invés daquela sonoridade mais clássica, acho que se tornou muito pop, não gosto. Sigur Rós sim, agora o homem a sólo estragou tudo.

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  2. Sr. Álvaro Martins,

    seja muito bem-vindo a este blog, que não possui a mesma qualidade editorial do Preto e Branco, que eu consulto regularmente e fico seguro em afirmar que é o melhor que conheço sobre cinema, em língua portuguesa.

    Não sou muito versado no Sigur Rós, ainda estou tateando nos cinco cds, por força de que fiquei maravilhado com Heima. Particularmente não gosto de carreiras solo, eu prefiro as bandas.

    Do pouco que conheço sobre estes islandeses não consegui diferenciar muito este Go dos demais trabalhos. Acredito, no entanto, que você está a ter razão sobre o que diz. De qualquer modo, como sou daqueles que veem com pessimismo a música pop de uns quinze anos para cá, parece-me que Go é um álbum que vale a pena ser ouvido.

    Agradeço novamente a honra da sua presença nos meus posts e volte sempre.

    Enaldo.

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