Não é proibido ter preconceitos ou ser preconceitoso. A constituição veda o seu exercício, partindo do princípio de que pensar por pensar, ainda que por matrizes defeituosas, não ofende direitos fundamentais alheios.
Vou revelar um dos meus: não me agradam certos tipos yuppies, muito convictos do próprio sucesso e que tratam as pessoas com condescendência mesmo quando querem ajudá-las.
Por que esta bronca toda? Enquanto aqui escrevo, de costas para a tv, creio ter ouvido, não estou certo (advogado que se preze é amigo do benefício da dúvida) um jornalista afirmar para um adolescente indeciso quanto às suas possíveis escolhas profissionais: "Direito e Engenharia são coerentes, mas Fisioterapia parece ter um forte componente emocional aí"...
"Morango e Chocolate" é um raro filme cubano com conteúdo crítico ao regime de Fidel, e centra-se na amizade e conflito entre um estudante adesivo ao sistema (o da esquerda) e um artista homossexual que não quer ir embora de Cuba, mas não tem outra opção a não ser buscar asilo político ou diplomático em alguma nação européia.
A platéia que vai todo ano à passeata do Miss Gay não aceitava este abraço.
Em dada cena, o castrista convicto comenta com o artista plástico que mudou de opção profissional no interesse "de la revolución", ao que o outro rebateu: "Muchacho, vocación se respecha!" (Só sei que foi assim, no hablo español).
Umberto Eco afirmou que quem escreve uma dissertação (e por que não um post?) o faz para o mundo.
Então, eu conclamo os fisioterapeutas e estudantes de Fisioterapia: "Uni-vos! E-mails para a Globo"
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