Juiz de Fora

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Diálogos (II)


Stálin e Tito




Ióssif Vissarianóvitch estava muito bravo com Josip Broz Tito, ditador da Iugoslávia e pai do Laibach, porque o segundo, tendo feito uma revolução por conta própria, não aceitava as "orientações" do Guia Genial de Todos os Povos e Maior Homem de Ciência de Nossos Tempos.




Menino mimado, filho único de mãe hiper-protetora casada com pai alcoólatra e ausente, uma combinação muito fecunda em gerar monstrinhos, o ditador, não satisfeito em já ter dizimado uns bons cinco ou seis milhões de soviéticos àquela altura (1950), pretendia dar cabo da vida do colega sérvio:


"Cinco cartas reveladoras foram supostamente encontradas sob uma folha de papel na escrivaninha de Stálin, contou Khruchióv a Sniegov, que só conseguiu lembrar de três delas para o historiador Roy Medviedev. A primeira era a carta de Lênin de 1923 exigindo que Stálin se desculpasse pela grosseria com sua esposa Krupskaia. A segunda era o último apelo de Bukhárin: "Koba, por que você precisa que eu morra?" A terceira era de Tito, em 1950. Consta que dizia: "Pare de mandar assassinos para me matar (...) Se isso não parar, enviarei um homem a Moscou e não haverá necessidade de mandar ninguém mais"

(Cf. MONTEFIORE, Simon Sebag. Stálin. A corte do czar vermelho. São Paulo: Companhia das Letras, 2006. P.716)



Funcionou.








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