Juiz de Fora

domingo, 24 de março de 2013

O Panótico vê aqui e agora (314)



Cinema Verite
(2011)


Em 1971 o produtor de tv Craig Gilbert (James Gandolfini) realizou o primeiro reality show que se tem notícia, o An American family, exibido dois anos depois. Câmeras filmaram durante boa parte do dia os Loud, uma família alta classe média de Santa Barbara (Califórnia). O pai empreiteiro, Bill, (Tim Robbins), a mãe dona-de-casa, Pat, (Diane Lane) e cinco filhos entre treze e vinte anos. Aparentemente era uma típica família americana unida, branca e bem de vida.



No início tudo parece harmonioso. O pai está sempre feliz com o próprio sucesso profissional e a mãe orgulhosa do casamento e de seus filhos, particularmente do primogênito Lance, que vai para Nova York tentar a vida como ator de teatro. Os dois rapazes do meio querem tocar numa banda, e as caçulas são adolescentes normais. Mas, com o desenrolar do filme, os problemas se vão evidenciando: o pai é infiel, os filhos não querem nada com trabalho, o primogênito enfrenta a contrariedade paterna por ser gay, a esposa se queixa de solidão, da ausência prolongada do marido - a princípio viajando a negócios -, e está sempre com um copo na mão. Paralelamente, o produtor a incentiva a se tornar mais atraente diante das telas.

O centro do filme é Diane Lane, que, não sei por que cargas d'água, é exibida como uma mulher madura e sensual, mas está bem envelhecida, nem parece que se trata de um filme estadunidense. O melhor ator é disparado Tim Robbins, ele até alterou a dicção para falar como o pai novo-rico. Interessante são as cenas com a verdadeira família, os atores são parecidos fisicamente com eles, mas a caipirice da família é indisfarçável, você vê, pelas expressões, pela voz, pelos cortes de cabelo, pelos maneirismos, pelas sardas, pela boca-aberta, rs...


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