Juiz de Fora

terça-feira, 19 de março de 2013

O Panótico vê aqui e agora (313)


César deve morrer
(2012)

Em um presídio italiano de segurança máxima detentos condenados a longas penas ou mesmo à prisão perpétua por homicídio, narcotráfico, e sequestro ensaiam e encenam Julio César de Shakespeare.

Ai, ai, ai, que frustração. Uma alegoria iluminista primária dos irmãos Taviani, com atores brucutus, brutalizados, sem talento (com exceção do que faz Marco Antônio, ao meu ver), tudo isto para que plateia integrada e arrependidos finjam que não são o que são. Tudo me cheirou a pastiche, hipocrisia, bom-mocismo, lento e aborrecido.

Os irmãos Taviani nunca me arrebataram com seus filmes, mas eram ou são sempre filmes de qualidade. Recordo-me que gostei bem de A noite de São Lourenço, um filme de '82 que assisti quando tive o meu primeiro videocassette, alguns anos depois. Recordo-me também de Kaos.

Achei patético a simpatia gratuita da plateia para com os criminosos, seriam menos humanistas se fossem parentes de suas vítimas.

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