Juiz de Fora

quinta-feira, 7 de março de 2013

O Panótico vê aqui e agora (310)




Barbara
(2012)




Alemanha Oriental, 1980. Barbara Wolf é uma médica que pede para deixar o seu país e por isto é transferida de um importante hospital de Berlim para um vilarejo no mar Báltico. Ela passa a ser supervisionada por Andre Reiser, seu chefe. Andre é pragmático, homem de confiança das autoridades, crê essencialmente nas premissas do regime, mas é capaz de dar à médica. pequenas brechas de liberdade.

Barbara namora um executivo da Alemanha Ocidental que prepara a sua fuga. Paralelamente, Barbara é assediada pro Andre, que vai lhe minando a resistência milimetricamente e estabelece uma genuína simpatia por Stella, uma paciente menor fugitiva de campos de correição juvenil.

Eu fiquei curioso sobre o que este filme iria dar, pois aquela coisa tipo "indivíduo-foge-do-totalitarismo-e-vem-para-o-MacPhisto" é muito hollywoodiano. Por outro lado, ninguém mais faz filmes em defesa do socialismo monopartidário, exceto talvez, na Coréia do Norte. Barbara é um filme realista, inteligente, a repressão do leste europeu não é caricata, a doutora só e importunada porque volta e meia escapole ao controle policial. É um filme lento, mas nada excessivo. Pode ser uma boa opção para se ver em casa, nada que compense ir a um cinema caro, distante e difícil de estacionar por perto.

Nas grandes capitais do mundo os cidadãos são incentivados a frequentar os cinemas por meio de generosos descontos. Assim, por exemplo, em Paris, pelo valor de duas entradas você tem acesso irrestrito aos cinemas durante um mês inteiro.

Aqui a rede proprietária dos cines Alameda cancelou os cartões fidelidade, que davam uma sessão gratuita a cada dez entradas.

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