Juiz de Fora

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

My best loved 1973 rock albums (2)





Larks' tongues in aspic
(King Crimson)




"The ultimate failure of this, King Crimson's sixth album, lies in its acceptance of compromise. While the desire to soften the edges of experiment can draw in a wider section of the mass audience, it can never bring  the kind of rewards I believe Robert Fripp is looking for. The above, and everything that follows, is of course relative. At his very worst, Fripp could never descend to the kind of banalities we've heard lately from, say, the Moody Blues or Tempest. But he's aiming high, and must be judged accordingly. Anyone who's seen the current King Crimson in concert will know that's a magical band, capable of bringing off the most daring musical coups wich a panache unequalled on this side of the Atlantic, but when it come to make this album, I fear they lost some of their collective nerve." (Melody Maker, 31/03/1973, in: The essential King Crimson, p.23)



Da esquerda para a direita: John Wetton (voz e baixo), Bill Bruford (bateria e percussão, de macacão do Boston Bruins), David Cross (violino, à esquerda de Bruford) e o guitarrista e "dono" da banda, Robert Fripp.



"O fracasso final disto, o sexto álbum de King Crimson, fica na sua aceitação de um compromisso. Embora o desejo de suavizar as bordas de experiência possa alcançar uma parcela mais ampla da audiência de massa, nunca poderá trazer o tipo de recompensa que eu acredito que Robert Fripp está procurando. A descrição acima, e tudo que se segue, é relativo, obviamente. No seu pior, Fripp nunca poderia descer para o tipo de banalidades que temos ouvido ultimamente de, digamos, de Moody Blues ou do Tempest. Mas ele está pensando alto, e deve ser julgado de acordo. Qualquer um que tenha visto o atual King Crimson em concerto vai saber que é uma banda mágica, capaz de  chegar a um nível inigualável deste lado do Atlântico, mas com este álbum eu temo que a banda perdeu o seu "nervo" coletivo."




Conforme já contei em outro post, conheci o King Crimson de sopetão, no final de '81, e Larks' tongues in aspic foi o disco de que mais gostei. Um amigo chegou a afirmar solenemente para mim e outras pessoas que o King Crimson seria a maior banda do mundo. Achei passional, mas sem dúvida, após Genesis e Yes, foi a banda de rock progressivo de que mais gostei. Com este disco, o quinto (e não o sexto) álbum da banda, creio que o King Crimson adquiriu a sua melhor formação e o seu melhor estilo, aquilo que lhe deu uma cara, uma alma, uma personalidade. Com Robert Fripp na guitarra e no comando, o baixista e cantor John Wetton, o ex-Yes baterista Bill Bruford, o violinista David Cross, e somente neste lp o percussionista viajandão Jamie Muir, Larks' tongues in aspic é um disco a que posso ouvir a qualquer momento, e com exceção de Easy Money ainda gosto de todas as faixas. 


As muitas formações dos músicos do King Crimson


 O percussionista Jamie Muir, que apenas tocou neste álbum.


 John Wetton, uma voz mediana e o ícone da batera Bill Bruford.


Wetton, Bruford e Fripp, o trio final da primeira fase do King Crimson (1969-74)


Sem dúvida alguma, aqui reside o maior clássico da banda, Larks' tongues in Aspic II, uma faixa que além de brilhantemente pegajosa, é uma síntese da instrumentalidade progressiva, consegue combinar música contemplativa com vibração, orquestralidade, emoção, etc. Por ser uma banda um pouco mais pesada que Genesis e Yes, o King Crimson consegue, às vezes, expandir para outros públicos menos afeitos ao progressivo. 



Assim como os demais grupos de progressivo, o King Crimson foi frontalmente atacado pela imprensa, sem dó e nem piedade, dos EUA. Esta publicação acima - que acompanha uma caixa com quatro cds lançada em 1991 - contém todas as matérias publicadas sobre a banda entre 1968-91 na imprensa estadunidense e britânica. Invariavelmente, todas as opiniões da terra do Tio Sam são hostis ao King Crimson. A imprensa britânica é menos sistemática, mas adota um ponto de vista condescendente para com a galera de Robert Fripp. Felizmente, o público se orienta, mas não se subordina, a tudo que a crítica especializada diz.


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