Seis degraus de separação
(1993)
Flan (Donald Sutherland) e Ouisa Kittredge (Stockard Channing) são marchands em Manhattan. "Paul Poitier" (Will Smith) bate-lhes à porta com um ferimento á faca após um roubo no Central Park. Alegando ser amigo de seus filhos que estudam em Harvard Paul pede apenas um curativo e uma nova camisa simultaneamente em que revela um interesse acima da média sobre arte, literatura, temas estéticos e filosóficos. O casal e um rico amigo sul-africano anti-apartheid (Ian McKellen) vão se deixando seduzir pelo papo do jovem ao mesmo tempo em que se gratificam por não serem racistas e acolherem gentilmente o jovem, que chega ao requinte de cozinhar para os idosos. Dizendo-se filho de Sidney Poitier, e não se sentindo afrodescendente por ter crescido na Europa, fica difícil acreditar na performance do jovem, mas os ricaços querem se iludir.
É uma pena que o filme é narrado com os espectadores sendo informados desde o início de que "Paul Poitier" pratica estelionato. O casal nutre as rodas de fofoqueiros com a sua desventura. Inicialmente eu pensei que este filme de que nunca tinha ouvido falar seria mais um abacaxi esnobe dos anos noventa, mas o filme vai crescendo com o tempo e se torna uma grata surpresa, comparando a futilidade da alta sociedade, o seu mundo vazio e aparente, mas o quanto ainda assim ele representa muito para quem os vê de fora.
No Netflix.
Nenhum comentário:
Postar um comentário