O Hobbit - A desolação de Smaug
(2013)
Gandalf (Ian McKeller) pede a Bilbo (Martin Freeman) para acompanhar um grupo de anões na quase impossível tarefa de furtar um mineral mágico, a Pedra Arken, que se encontra em um castelo controlado por um dragão que cospe muito fogo e tem carcaça de ferro (Smaug). Como obstáculos encontrarão orcs, elfos que não gostam de anões e um reino governado por um tirano.
Há muitos meses que não comparecia à uma sessão silenciosa de cinema. Chegamos atrasados, pouco antes de abrir, porém quase não havia fila. Legendado e em 3D, o filme parece ter atraído somente os jovens fãs de Tolkien. Próximo a nós um rapaz fazia barulho com comestíveis, suspirei em tom de revolta e ele...sossegou. Uma sessão de cinema como nos bons tempos em que as pessoas sabiam se comportar com moderação.
Após quatro trailers de típicos filmes para adolescentes burros, pobre de nós, este segundo Hobbit começou bem. Imagens fantásticas e efeitos que respeitam a obra literária. No entanto, há pancadaria demais, os últimos quarenta minutos são muito explosivos e ágeis, não imagino o livro - que não li - com tanto malabarismo. Há alguma chatice politicamente correta, a elfa Tauriel (que não consta do livro, ao que eu saiba) interagindo com um anão, apenas para nos dar mais uma lição de tolerância, e um surpreendente Legolas (Orlando Bloom) claramente inspirado no Aquiles de Tróia em termos de performance em combate e também na sua angústia existencial. O dragão Smaug filosofando sobre a corrupção humana é por demais implausível. Gandalf pouco faz. Acho que o que melhor salva é o talento de Martin Freeman, o cara promete.
Quase dá para ouvir Legolas gritando: Heitooor!!!
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