Juiz de Fora

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Kiarostami irrita o Panótico (338)


Shirin
(2008)


Irã, na atualidade. O filme começa em um cinema com closes de mulheres assistindo a uma melosa história de princesa que se sacrifica por um príncipe na Pérsia de quatro séculos atrás, a julgar pelas gravuras exibidas na introdução da película. Você vê assim, uma dúzia, quem sabe, de típicas mulheres iranianas, cabelos e olhos escuros, com uma expressão determinada, enquanto a narração e sonoplastia te entediam com a pobre Shirin e seu amor não correspondido pelo poderoso Khosrow. Mas... espere lá! Já se passaram quinze minutos e tudo o que vejo são closes de mulheres sensibilizadas?! E aí eu avanço o filme e todo o filme é assim?! Umas cem mulheres (incluindo Juliette Binoche, a queridinha dos pedantes) fazendo expressões noveleiras, pô, Khiarostami, tu é muito babão, hein?!


Típico filme pseudo-intelectual, que dá pano para manga para que pernósticos falem metros sobre originalidade, desconstrução de narrativa, alteridade, ruptura, intertextualidade, ah, que saco, o cinema tem que ser mais do que blockbuster x pretensão.

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