De quinta a domingo
(2012)
Um casal chileno riponga de Santiago decide levar os filhos, uma pré-adolescente e um garoto de sete anos, para visitar a vovó em um buraco rural do norte daquele país. O menino vive a fase do pai-herói, mas Lucía percebe que algo vai mal no relacionamento dos pais.
Acabei de assistir gratuitamente a este longa no Festival Primeiro Plano de Cinema de Juiz de Fora e Mercocidades, este evento subvencionado pelo dinheiro público a esta coisa que se chama cinema nacional, com direito à presença da diretora chilena. O casal protagonista é feio, sem carisma, songa-monga, chega ao ponto de furtar frutas em propriedade alheia e permitir que os filhos viajem no teto do automóvel, um carro que, por sinal, demonstra o estado de espírito dos adultos. Há riponguismos em profusão, como a mãe toda cheia de carinhos com um amigo antigo do casal, comportamento típico de hippies, disfarçar sedução como se fosse amizade. No meio do caminho eles acampam entre porcos (literalmente). O pai se perde na estrada e fica lá, todo ripongo olhando a natureza. A fotografia é péssima, não se aproveita quase nada da paisagem do Chile.
Apesar de pouco passar de hora-e-meia de projeção a sensação é de que fiquei umas três horas esperando pelo final. Há apenas alguns momentos divertidos, como o garoto que viveu em Paris e tira um sarro em francês. Fora isto, o clichê da separação dos pais, dois idiotas, sabe-se lá por quê.
P.S. A plateia típica da minha aldeia aplaudiu, mas apenas dois terços dela, e sem se levantar. O insuportável, pernóstico e artificial Um copo de cólera foi aplaudido de pé, com exceção de mim, há quase vinte anos atrás, em abertura de cinema local com a presença do diretor e casal global protagonista.
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