Ana Karênina
(Tolstói, 1877)
Li este livro em circunstâncias penosas: andando de ônibus na linha centro/Jardim Esperança (não vi nenhuma por lá), frequentemente entupido, entre meio dia e meia e uma da tarde, para em seguida dar aulas para quatro quintas séries e duas sextas séries, uma situação que me faz indagar, com Khayyám, o que os astros lucraram com a minha vinda.
Poder distrair a mente com outra época e outras vidas é um bom analgésico. Não conheço - não digo que não há - um autor que tenha vasculhado a mente humana como Tolstói. Aqui não há perdão, e o homem exibe sem pena o que existe por trás das falas e atitudes humanas. Fonte de boa parte da literatura do século XX, do cinema e das malditas novelas. Obrigatório.
Nenhum comentário:
Postar um comentário