Juiz de Fora

terça-feira, 2 de setembro de 2014

Um filme escandinavo que não apela para a sordidez subterrânea. (391)


Depois do casamento
(2006)




Jacob, um voluntário dinamarquês que trabalha em um orfanato de Bombaim (Mads Mikkelsen), é pressionado por sua chefe a viajar para Copenhagen e solicitar verbas a um empresário bilionário, Jörgen, que faz doações a entidades assistenciais. Chegando lá Jacob observa que o doador não está nem aí para causas humanitárias e o está manipulando. Convidado a comparecer no casamento da filha do empresário com um de seus funcionários (é indisfarçável o interesse do jovem pelo poder econômico do sogro), Jacob dá de cara com uma antiga paixão, Helene, mulher do magnata. Já não o fosse bastante impactante, a noiva faz um discurso na cerimônia em que revela aos convidados que o seu pai biológico não é Jörgen. Vem muita água por aí.

A maioria dos filmes escandinavos bate na mesma tecla. Enquanto filmes latino-americanas insistem: "nós somos uma sociedade ruim por culpa da burguesia", os do norte da Europa têm o seu mantra: "não somos o paraíso que imaginam, experimentem um pouco das nossas perversidades". As reações aqui,no entanto, são proporcionais, talvez com menos dramaticidade do que nos trópicos, mas as pessoas sofrem por razões legítimas. As dúvidas dos personagens são verossimilhantes, as suas escolhas têm a ver com o peso das opções. Não há psGostei bastante.

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