Philomena
(2013)
Irlanda, 1952. Philomena (Judi Dench) é uma moça pobre que foi expulsa de casa e internada em um convento por estar grávida. Assim como ela, outras mães solteiras tiveram os seus bebês e filhos pequenos doados pela Igreja Católica. Sentindo-se culpada, Philomena assinou um documento que a comprometia a jamais querer saber do paradeiro do filho, Anthony.
Londres, alguns anos atrás. Martin Sixsmith (Steve Coogan) é um jornalista que perdeu um cargo de assessor de Tony Blair por estar envolvido em um escândalo. Sentindo-se chutado de lado, pensa em passar o resto da vida escrevendo sobre a história soviética, mas a filha de Philomena lhe propõe trabalhar na história da mãe que quer encontrar o seu filho. Inicialmente resistente, o jornalista convence uma editora a bancar a pesquisa.
Quase deixei este filme logo no início, pois pensei que se trataria de uma enfadonha história cristã sobre arrependimento e redenção, mas aí vi o nome do diretor inglês Stephen Frears nos créditos iniciais e ele nunca me decepcionou, desde os idos de Minha adorável lavanderia. Baseada em uma história real, gostei do enfoque naturalista, Philomena é uma técnica em enfermagem conservadora por escassez de recursos intelectuais, e Martin é impaciente com as pessoas menos inteligentes, e nelas joga o seu discurso racionalista sempre que pode. Frears é um diretor crítico sem ser marxóide, e consegue manter o foco mesmo quando filma a rainha Elizabeth II, que, a meu ver, não é um filme favorável à monarquia britânica.
Judi Dench dispensa maiores elogios, ela é impecável como a simplória Philomena, as suas atitudes inseguras, a sua linguagem corporal, os maneirismos, a postura de alguém que reprimiu ódio, culpa, e inferioridade por muitos anos e que por isto não se permite lutar de frente contra o sistema.
vou querer assistir. e lembrar q não é pra largar no começo pq não é cristão sobre redenção. beijos, pedrita
ResponderExcluirHahahaha, ótima, Pedrita, um abração e boa semana.
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