Juiz de Fora

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Lógica bárbara

Quem se inicia nos estudos de lógica conhece logo de imediato o silogismo chamado de "Bárbara". O seu exemplo mais usual é:

Todos os homens são mortais.
Sócrates é homem.
Sócrates é mortal.

Vou dar outro exemplo de outro tipo de silogismo:

O povo gosta do Lula.
O Lula gosta da Dilma.
O povo gosta da Dilma.

Nisto reside a sabedoria do eleitor na hora de escolher um presidente. Que mané debate pobre. Um debate rico não teria qualquer outro efeito no resultado. Ainda que se discutam com bastante propriedade dezenas de temas a escolha efetiva do eleitor é movida por mecanismos mentais simplórios. O eleitor médio não tem como pesar e se recordar de dezenas de argumentos na hora de tomar uma decisão por mais grave que ela possa ser. Assim como nas questões quotidianas (como comprar ou não uma roupa ou ir ou não ao cinema), as escolhas políticas são tomadas mais pelo impulso, pelo sentimento e por simbolismos.

Boa sorte para todos nós.

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