O Pacífico
(2010)
Como é que pode? Como é que pode!
Quando aluguei Band of Brothers, durante as férias natalinas de 2003 assisti à série completa (seis dvds, dez episódios e muitos extras) por três vezes em uma semana. Baseada na obra de Stephen Ambrose e produzida por Steven Spielberg e Tom Hanks, a minissérie tratava de uma companhia de paraquedistas desde os seus treinamentos em uma base estadunidense (1942) até as férias na Áustria após a rendição alemã em maio de 1945. Bons atores, personagens marcantes, situações dramáticas e excelentes cenas de guerra fizeram de Band of Brothers um Resgate do Soldado Ryan com quase doze horas de duração. Era emocionante tudo o que devia. Destaco aqui o discurso de despedida de um general alemão, traduzido por um soldado ianque judeu. É transcendente. Adquiri a caixa, e todo santo ano a vejo novamente.
Mas este Pacífico, ai, ai, ai.... Produção de HBO/Hanks/Spielberg era para ser a Band of Brothers versão Pacífico. Mas o que nos oferecem: um bando de soldados/atores sem carisma e propósitos, poucas e desmotivadas cenas de combate, o retorno àquela baboseira pré-Bush tipo: "olhem! são americanos, nós adoramos os americanos!", falas em sussurros, paixões arrebatadoras de mocinhas por soldadinhos, clichês intermináveis, aluguei-a outro dia, bocejei e peguei no sono durante os terceiro e quarto episódios, não vou ver o resto. Poupe os seus vinte reais, compre uma pizza, é mais digestivo.