Ponte dos Espiões
(2015)
Nova York e Berlim Oriental, 1957-61. Um "espião" soviético é preso nos EUA e um advogado especializado em seguros (Tom Hanks) é nomeado seu advogado dativo. Inicialmente resistente a lidar com esta causa, e já avisado de antemão que tudo seria um simulacro de juízo independente e imparcial, o defensor enfrenta pressões e hostilidades de todos os lados. Convicto da necessidade do devido processo legal e da ilegalidade da prisão de seu cliente, o advogado leva a defesa até a Suprema Corte. Paralelamente, é envolvido nas negociações do oficial da aeronáutica Francis Gary Powers, abatido em seu U2 quando espionava a URSS, preso e condenado a dez anos pelos russos.
Havia quatro boas razões para que eu fosse ver este filme: gosto de Tom Hanks, ele não entra em roubadas há muitos anos, Spielberg é pegajoso, mas com muito talento e correção política, roteiro dos irmãos Coen, eu fico com muita saudade de ir ao cinema, não tinha nada para fazer e é pertinho de casa. Então são seis razões.
O filme é razoável e plausível até a metade, embora inicialmente eu não desconfiasse se tratar de um caso verídico. A partir do momento em que a ação se desloca para Berlim Oriental eu detestei o filme. Berlim é tratada como uma gélida cidade, muito semelhante ao Gueto de Varsóvia, os militares da DDR são caracterizados como nazistas e o povo alemão como humilhados judeus em fila indiana. Ridículo, Spielberg não precisava, mais uma vez, nos relembrar do Holocausto. As negociações com os burocratas stalinistas são um saco, e, para falar a verdade, eu acho esta estória toda de espiões na Guerra Fria uma bobajada sem fim, encenação para aterrorizar o povão. Um filme decepcionante.
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