A dama dourada
(2015)
Los Angeles e Viena, 1998. Maria Altmann (Helen Mirren) é uma senhora judia austríaca, cuja rica família de Viena foi vítima do Holocausto, que decide entrar com uma ação judicial para recuperar o quadro que Gustav Klimt pintou de sua tia. Esta obra e outras do mesmo pintor encontram-se em posse de uma galeria vienense, e a protagonista quer aproveitar um programa governamental daquele país europeu no sentido de restituir as obras de arte roubadas durante o nazismo às suas famílias judias proprietárias Altmann contrata um escritório de advocacia que indica um novo funcionário, por coincidência neto do músico judeu austríaco Arnold Schönberg. O advogado demonstra pouco interesse sobre suas origens e pouca paciência com a idosa geniosa e um pouco rabugenta. Ciente de que o quadro de Klimt está avaliado em mais de cem milhões de dólares ele resolve correr atrás, indo à capital austríaca.
O filme baseado em fatos reais tem vários pontos de interesse: o tema da restituição das obras de arte, uma questão de justiça reparadora; as questões processuais e políticas envolvidas; e a atuação de Helen Mirren que tira de letra a personagem. Pode não agradar ser mais um filme sobre o Holocausto, a simplificação e os estereótipos jurídicos, a personagem pouco atraente do austríaco "consciente" (Daniel Brühl, sem muito o que fazer aqui) e a dedicação da protagonista à sua causa por questões meramente éticas e sentimentais pode não ser muito convincente. Mas é um filme interessante. Particularmente, torci para que as obras permanecessem na Áustria do que irem parar em algum banco estadunidense.
No Netflix brasileiro, onde raramente se vê bons filmes recentes.
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