Juiz de Fora

domingo, 18 de outubro de 2015

Magia ao luar (414)



Magia ao luar
(2014)




Riviera, 1928. Stanley Crawford (Colin Firth) é um inglês ateu, racionalista, cético, mau-humorado, esnobe, etc. que atua como um mágico bem-sucedido na personagem de um chinês estereotipado. Um amigo mágico e seu rival o convida a desmascarar uma bela jovem estadunidense (Emma Stone) que faz carreira praticando estelionato como médium junto à famílias ricas. Crawford passa alguns dias em contato com a moça afirmando todo o tempo que ela é uma charlatã e disposto a prová-lo. Mas ele vai ter surpresas.

Temas aqui recorrentes nos filmes de Woody Allen: a oposição à metafísica, a defesa de uma visão racionalista do mundo, a infelicidade e perplexidade diante da falta de sentido na vida e a recusa em abraçar a religião apenas como conforto. Paralelamente, há a possibilidade ou não do amor entre pessoas muito diversas, quase opostas, a também perplexidade diante das escolhas racionais do coração. Lembrei-me de Orgulho e Preconceito, de Jane Austen e também Tudo pode dar certo (2009) do mesmo diretor.

Talvez o espectador estranhe um pouco o didatismo do filme, as questões são bem óbvias, não é necessário que o protagonista explique a suas perspectivas de uma forma tão evidente, a menos que seja proposital para alcançar um público menos afeito aos filmes de Woody Allen. Ou menos afeito a qualquer filme que se tenha que pensar um pouco.

Um comentário:

  1. eu gostei, mas está longe de ser o meu preferido dele. beijos, pedrita
    comentei aqui http://mataharie007.blogspot.com.br/2015/08/magia-ao-luar.html

    ResponderExcluir