Sniper americano
(2015)
EUA-Iraque (1984-2013). Chris Kyle é criado no Texas em uma família redneck. O pai é evangélico e diz que não quer criar nem ovelhas e nem lobos, mas cães protetores. Chris cresce num mundo de armas, caça, esportes, cultos, etc e tal. Adulto, sente-se frustrado como peão boiadeiro e decide se inscrever em uma unidade de elite das Forças Armadas. É voluntário na invasão do Iraque e se destaca como o maior atirador de elite da história estadunidense.
Sete meses. Havia sete meses que não ia ao cinema por culpa das distribuidoras de filmes (só passa porcaria). Fiquei tão satisfeito que nem me incomodei com os adolescentes de quase trinta anos que ficavam, ah, você já sabe.
O filme dirigido por Clint Eastwood é aparentemente patrioteiro e justifica a invasão do Iraque com dois argumentos falaciosos: o Iraque foi culpado pelo 11 de setembro, os muçulmanos são fanáticos e lá nós fomos proteger os cidadãos de bem (então são três argumentos falaciosos, na verdade).
Mas Clint Eastwood e o produtor e ator Bradley Cooper não romantizam a guerra em nada, o filme é muito impactante, bastante cru e cala fundo. Os dilemas éticos são reais e não há respostas evidentes. O cidadão pacifista - como eu e você - se identifica com a esposa do soldado (?) Kyle, mostrando o absurdo daquilo tudo. É um senhor filme.
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