Juiz de Fora

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

O Panótico vê aqui e agora (284)



Dead Man
(1995)



William Blake (Johnny Depp) é um jovem contador de Cleveland que vai de trem para uma miserável cidade do noroeste do EUA, em um momento impreciso do século XIX, para aceitar a oferta de emprego de um empresário metalúrgico. Chegando lá, o posto de trabalho já estava ocupado, e Blake, sem grana para voltar, pede abrigo a uma ex-prostituta. O ex-namorado da moça (Gabriel Byrne) tenta matá-lo na cama, é morto por Blake, e este tem que fugir da cidade. O pai da vítima é justamente o empresário dono do buraco (Robert Mitchum) que contrata três psicopatas para irem à caça de Blake. No caminho e ao longo do filme ele é ajudado por um indígena mestiço (Nobody) que acredita que o contador se tratava da reencarnação do famoso poeta inglês.


Eu nunca tinha ouvido falar deste filme de Jim Jarmusch, diretor de Mais estranho que o paraíso e Down by Law, além de outros interessantes. Em preto e branco e narrado em uma sucessão de centenas de pequenas cenas, como se cada uma dissesse algo, lembra certas graphic novels. Há diversos bons atores (John Hurt, Alfred Molina), além de figuraças como Iggy Pop. O som é de Neil Young, que nem merece ser chamado de trilha sonora, parece um adolescente brincando a primeira vez com um pedal de guitarra, mas..., funciona.
 
Lembra muito, embora em tom caricato, aos antigos westerns, nos quais as pessoas eram sempre uns miseráveis, sem rumo, oprimidos pela pobreza do Velho Oeste, e com pouquíssima capacidade ou interesse, que não fosse por um punhado de dólares.


O filme também valoriza o mundo indígena, mostrado em pelos menos duas grandes culturas, com características um tanto distintas dos antigos filmes de apaches e comanches. E Johnny Depp dispensa maiores comentários. É um daqueles filmes que não têm mensagens, não se conclui muita coisa, bem fora do padrão de entretenimento habitual.

2 comentários:

  1. eu adoro esse filme. esse foi sempre o que mais ouvi do jamurch, mas na programação do diretor foi o q tive mais dificuldade de conseguir ver pq sempre passava em um dia q não dava. todos arrasam na interpretação e embargam na piração do jamurch. amei. aqui está o link do meu post do filme e assustei, faz tempo, foi em 2008, http://mataharie007.blogspot.com.br/2008/04/dead-man.html

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  2. Vou lá ler. O meu Jarmusch preferido é Mais estranho que o Paraíso.

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