Juiz de Fora

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

O Panótico vê aqui e agora (173)


Pequenas flores vermelhas
(2006)




Qing é um garotinho chinês de quatro anos que é colocado em um internato pelo pai que não quer e/ou não tem tempo para cuidar do filho, e cuja esposa, mãe do menininho, reside em outra cidade. O internato é misto, não chega a ser feio ou desumano, mas tem uma estrutura meio militarizada. Há uma diretora, uma professora que reside no internato (coitada, cadê os seus direitos trabalhistas?!) que obviamente já sofre de stress, e algumas assistentes um pouco mais jovens e carinhosas. As educadoras também denotam alguma insuficiência na sua formação pedagógica. Há decisões e preconceitos não admissíveis no mundo contemporâneo.





Qing sofre com a ausência da família e apresenta, como não, dificuldades de adaptação. As situações e expressões das personagens são incrivelmente autênticas, o que nos leva a pensar que os atores mirins foram realmente submetidos àquelas cenas, não dá para acreditar que eles expressam dor, alegria e outras emoções com tamanha veracidade apenas baseados na interpretação e outros recursos cênicos. É um filme cativante, engraçadinho, e leva o espectador a repensar como é fundamental na vida do ser humano ter uma infância saudável, feliz.



Para cada bom comportamento os alunos ganham uma pequena flor vermelha. Qing quer muito ganhar pelo menos uma delas.


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