Juiz de Fora

terça-feira, 25 de junho de 2013

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Um grande passo para mim.

CONVITE - DEFESA PÚBLICA DE DISSERTAÇÃO.

Mestrando:  Enaldo Pereira Soares

Acontecerá no dia 25/06/2013 (3ªfeira), às 14h, no Campus Verbum Divinum, Avenida Barão do Rio Branco nº 3.520 -  Alto dos Passos. Sala 402.

Título"O romance policial brasileiro: a obra de Luiz Alfredo Garcia-Roza”.  

Resumo

SOARES, Enaldo Pereira. O ROMANCE POLICIAL BRASILEIRO: A OBRA DE LUIZ ALFREDO GARCIA-ROZA. 130 f. Dissertação (Mestrado em Letras). Centro de Ensino Superior de Juiz de Fora, Juiz de Fora, 2013.

Esta pesquisa tem por objeto o estudo do romance policial brasileiro contemporâneo como gênero literário nacional, tomando como foco o conjunto da obra do escritor e psicanalista Luiz Alfredo Garcia-Roza, entre os anos de 1996 e 2012, data de suas primeira e última publicações.
Adotaremos como roteiro teórico a apresentação do romance policial como gênero, suas origens e elementos essenciais. Em seguida a identificação da literatura policial em solo nacional, com ênfase na produção contemporânea. A obra de Luiz Alfredo Garcia-Roza, com uma sequência de dez títulos nos últimos vinte anos, permite formar um conjunto suficiente para efeito de teoria e crítica literária. O foco principal é a análise comparativa do mesmo conjunto para com a literatura policial estrangeira e para com a literatura brasileira contemporânea.
As questões teóricas pertinentes são algumas das que têm norteado a teoria e crítica literária mundial: o que é literatura? qual a relação entre literatura e autor? qual a relação entre literatura e realidade?

Palavras-chave: Literatura brasileira. Teoria literária. Romance policial.


                          
A banca será composta pelos seguintes professores:

Prof. Dr. William Valentine Redmond (CES/JF)
Prof. Dr.  Luiz Fernando Medeiros de Carvalho (CES/JF)
Prof. Dr. Marco Aurélio de Sousa Mendes (UFJF)


Contamos com a presença de todos vocês!

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Fui na passeata.








A última vez que fui a uma passeata foi em '98, em uma greve de professores. Depois perdi a fé nos movimentos sociais a ponto de querer ir em passeatas. Mas estes movimentos desta semana têm uma coisa que me atraem. Não são exclusiva ou preponderantemente partidários. Além do que, toda esta coisa de copa no Brasil me parece um grande absurdo, ainda que eu adore copas do mundo. Por ser mais velho, a reportagem local foi quente na minha figura. Veja aqui a minha opinião no jornal local.

sexta-feira, 14 de junho de 2013

O Panótico ouve aqui e agora (113)


Ao final de Epic (Reino escondido) toca esta belíssima música de Sia, cantada por Beyoncé, alguém de que eu nunca poderia imaginar que faria algo de que gostasse. Para mim é a música do ano.

terça-feira, 11 de junho de 2013

O Panótico vê aqui e agora (327)


Behind the candelabra
(2013)


Las Vegas e Los Angeles, entre 1976-87. O pianista brega e milionário Liberace (1919-87) (Michael Douglas) se  apaixona pelo menor tratador de animais Scott Thorson (Matt Damon) e o convida para trabalhar com ele como faz-tudo. O pobretão acredita que se deu muito bem, e passa a viver faustosamente às custas do perdulário artista. Mas Liberace é um velho manipulador, negou a vida inteira ser homossexual e ainda processou (e venceu) a imprensa londrina por tentar revelar a sua identidade.



Somente vi Liberace em dois episódios de Batman (1966) exibido na tv brasileira por volta de '77. Lembro de duas coisas: que Liberace era um exímio pianista e claramente gay. Depois disto lembro apenas que ele não era considerado um músico sério, nunca pensei em comprar um disco dele.

Michael Douglas e Matt Damon como dois gays em um filme repleto de gayzices pode não convencer muita gente. Mas eu achei que ambos estão bem, e nunca vi galãs se exporem a este ponto em filmes mainstream. Aqui não há nada de Brokeback Mountain, é o mundo gay nu e cru. Achei também importante mostrar este universo como manipulador, maquiavélico, obcecado com juventude e bens materiais, não há esta coisa de tratar minorias com luva de pelica. Baseado na versão de Scott Torson, um cara até hoje bem enrolado com problemas legais e vícios, e dirigido por Steven Soderbergh, não é um filme para o grande público. Não acredito que seja exibido aqui no interior das Gerais.

quarta-feira, 5 de junho de 2013

O Panótico vê aqui e agora (326)



A caça
(2012)


Lucas (Mads Mikkelsen, o Le Chifre do primeiro 007 com Daniel Craig) é um professor de uma escola infantil em uma pequena comunidade dinamarquesa. Recém-separado de sua esposa e pai de um adolescente, é um profissional estimado, adorado pelos alunos e bem integrado na cidade. Klara é uma garotinha que sofre com as discussões familiares e se apoia emocionalmente em Lucas que, por sinal, é o melhor amigo de seu pai. Dois adolescentes exibem pornografia para a garotinha, ela tenta dar um beijinho na boca de Lucas, e, este, com muito tato, lhe explica que estas manifestações de afeto são para os pais. Klara fica magoada e inventa que Lucas lhe havia mostrado o pênis. 


Lucas enfrenta graves dificuldades por parte da comunidade que o toma por pedófilo, e a fantasia dos garotinhos multiplica as acusações. Achei a reação da maioria desproporcional para o norte da Europa, seria mais factível nas Américas (qualquer uma delas). Independentemente disto, é um ótimo filme sobre a presunção de culpabilidade que toma de assalto as mentes humanas. É impressionante como as pessoas desejam uma justiça sumária, imediata, sem devido processo legal, contraditório e ampla defesa. Dirigido por Thomas Virtenberg, companheiro de Lars von Trier no grupo Dogma 95.

terça-feira, 4 de junho de 2013

O Panótico re(vê) aqui e agora (325)



O colecionador
(1965)


Londres, 1963. Frederick (Terence Stamp) é um funcionário de um escritório que sofre bullying por parte de seus colegas por colecionar borboletas. Muito retraído, ganha na loteria, pede demissão do emprego e adquire uma casa de campo. Frederick sequestra uma bela jovem, Miranda (Samantha Eggar), e decide convencê-la a conhecê-lo melhor. Miranda percebe que Frederick provavelmente não irá matá-la e passa seduzi-lo como estratégia para dissuadi-lo de seu crime. Mas Frederick não é tolo e é menos louco do que aparenta.



Assisti este filme na antiga Coruja Colorida  em meados da década de setenta. Foi dirigido pelo cineasta alemão William Wyler (diretor de O morro dos ventos uivantes e Ben-Hur) e baseado na obra The collector de John Fowles (que também escreveu A mulher do tenente francês). Na época foi um filme que me impressionou bastante não só pelo ambiente britânico como pelo horror do sequestro em si, mas isto simultaneamente ao fato de que senti simpatia e pena do jovem que apenas queria ser amado. Vendo-o novamente tive a sensação de que aquele poderia ter sido um casal de fato, se o protagonista fosse menos reprimido (ou biruta). Imagino que o livro deva ser ótimo, pois ficamos na torcida para que a vítima encontre um eficaz meio de fuga. O final também me impressionou, mas sobre isto nada devo dizer, rs...

segunda-feira, 3 de junho de 2013

O Panótico vê aqui e agora (324)


A Late Quartet
(2012)



Peter (Christopher Walken), Daniel, Robert (Phillip Hoffman) e sua esposa Jules formam um quarteto de cordas há vinte e cinco anos em Nova York, especializado em Beethoven. Mas Peter está no estágio inicial de Parkinson e quer deixar o grupo. Robert, segundo violinista, quer passar a ser o primeiro violinista, encontrando restrições de Daniel e de sua própria esposa. Daniel é um severo professor da filha do casal, de quem somente vê as falhas. A sobrevivência do quarteto está ameaçada.

Toda a trama passa em uma Manhattan coberta de gelo, com cenas maravilhosas do Central Park e região. A trilha sonora, os ambientes, os diálogos, a arquitetura nos remete à Europa do século XIX, nem parece um filme estadunidense. O jogo de poder, a busca pelo reconhecimento, os ressentimentos, o crepúsculo da vida, tudo isto é tratado com grande inteligência. O contraste com a quase totalidade do cinema estadunidense de hoje é gritante.

Acho inevitável que oitenta ou noventa por cento das produções cinematográficas dos EUA sejam bobagens, é a vitória óbvia do capital sobre a qualidade, mas se pelo menos um entre cada dez destes filmes  forem obras como esta eu paro de me queixar.

sábado, 1 de junho de 2013