Juiz de Fora

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

My best loved 1983 rock albums (1)



Construction time again
(Depeche Mode)


O compositor e letrista faz-tudo Martin Gore, a bela voz de David Gahan, e os tecladistas Andrew Flwetcher e Alan Wilder, a formação clássica do Depeche Mode de 1982-94.



Eu conheci o Depeche Mode em 1983, assim que foi lançado o álbum A broken silence. Lembro-me de que o ouvi simultaneamente a The hurting, do Tears for Fears, Sweet Dreams (are made of this) do Eurythmics e Kissing to be clever do Culture Club. Gostei de todos, mas o Depeche Mode me chamou mais a  atenção por três aspectos: o som technopop, um romantismo mais reflexivo e a sugestiva capa de uma camponesa na colheita, uma restilização do realismo soviético que me pareceu bem inteligente e bela. Fiquei em dúvida se seria mais uma banda que se incorporaria ao som mainstream alguns discos de qualidade. Felizmente, creio que não ainda hoje.

Depois disto só ouvi a banda novamente em 1985, com mais dois álbuns lançados, este Construction time again (1983) e Some great reward (1984). Contrariamente a A broken silence, Construction time again é um álbum claramente pop, basta ouvir os primeiros acordes da ótima Love in itself, mas a capa com um operário é o complemento óbvio do interesse da banda. Embora o technopop esteja inevitavelmente associado a pistas de dança/moda/estética gay/vida noturna/etc. da minha parte o que me interessava era a combinação de melodias de sintetizadores, com letras e preocupações de conteúdo além da baita voz de David Gahan. Algo como: não esqueça de ser inteligente enquanto se diverte, o que é algo muito em comum com a filosofia do rock progressivo.

A minha preferida é Everything counts, um mega hit sempre tocado em momentos chave dos concertos do Depeche Mode. É o tipo da canção que eu não me canso. A versão ao vivo em um show em Hamburgo em 1984 (exibido pela tv brasileira em 1987) me ganhou de vez e me parece a mais interessante de todas, devido a um som de sintetizador que perpassa toda a canção. A letra constestadora, e a capacidade de se ser contestador sem ser piegas, melodramático, hipócrita ou chato fez a banda ocupar um lugar destacado nas minhas preferências musicais:

The handshake
Seals the contract
From the contract
There's no turning back
The turning point
Of a career
In Korea, being insincere
The holiday
Was fun packed
The contract
Still intact

The grabbing hands
Grab all they can
All for themselves
After all

The grabbing hands
Grab all they can
All for themselves
After all


It's a competitive world
Everything counts in large amounts



(O aperto de mão
sela do contrato
A partir do contrato
Não há como voltar atrás
É a decolagem
de uma carreira
Na Coréia do Sul, sendo insincero
O feriado
foi diversão acertada
O contrato
permanece intactao

As mãos que agarram
pagam tudo o que podem
Tudo para si
afinal


As mãos que agarram
pagam tudo o que podem
Tudo para si
afinal

É um mundo competitivo
Tudo conta em grandes quantidades)















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