Juiz de Fora

quarta-feira, 4 de junho de 2014

Baterista do U2 atua com Juliette Binoche (378)


Mil vezes boa noite
(2013)


Rebecca (la Binoche) é uma competente fotógrafa de guerra. O filme inicia com a protagonista fotografando o preparo de uma mulher-bomba no Afeganistão. No momento da detonação do explosivo a fotógrafa se compadece das iminentes vítimas, não busca refúgio, passa perigosamente a alertá-las, e quase perde a vida. Em casa, na Irlanda, sua família (marido e duas filhas, uma adolescente e uma criança) a pressiona no sentido de assumir o seu papel de mãe e esposa. 


La Binoche dispensa maiores comentários, todo mundo sabe que não tem pra ninguém. A fotografia do filme é espetacular, lembra o estilo na National Geographic. O filme permite dar razão a todos os envolvidos: as crianças querem a mãe em casa, e viva, e o marido precisa e ama a esposa. Morando em uma bela casa em uma bela cidade irlandesa, todos se perguntam: ir procurar encrenca para quê? Rebecca, no entanto, não é movida apenas pela vaidade, ela realmente se importa com o que fotografa, a ponto de quase deixar escapulir a notícia.

Fiquei observando o ator que faz o irmão de Rebecca, que sujeito idêntico ao Larry Mullen Jr! E não é que é o próprio?! Deve ser bom fazer algo de diferente após três décadas de batera do U2.

O diretor é ex-fotógrafo de guerra. O filme é produção irlandesa-norueguesa.


Spoiler: há duas cenas particularmente brilhantes, a filha dispara fotos da mãe chorando, meio que nos dizendo: é bom ser capturado em momentos de dor? E a cena final, quando, nos confins da Turquia, vê o preparo de uma "mártir" da idade de sua filha.

Diretor "novo" na praça. (377)


Obsessão
(2012)


Flórida, 1969. Um xerife racista é assassinado. Um marginal odiado pelos policiais (John Cusack) é condenado à pena de morte pelo seu homicídio. Um jornalista (Mathew McConaughey) e uma periguete idiota (Nicole Kidman) estão convencidos de sua inocência. O irmão menor do jornalista (Zac Efron, um enfeite do filme) se apaixona pela desmiolada que, por sua vez, é apaixonada pelo réu.


Nunca tinha ouvido falar deste filme e nem do diretor Lee Daniels. Peguei-o na locadora em Blue-Ray por causa dos atores (e da má qualidade geral dos filmes em locadoras de cidades como a minha). O filme vale muito por John Cusack, sensacional como o psicopata "inocente", Nicole Kidman provavelmente em seu melhor papel em muitos anos, e pela forma documental do contexto racista do sul estadunidense (coincidência ou não, o diretor é afro-americano).

Embora bata na tecla velha de que é fundamental lutar por justiça, a trama chega à conclusões surpreendentes.