Juiz de Fora

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Dia do Vinil (XV-XVIII)

Mais alguns vídeos sobre vinis. Mais para a frente eu vou fazer sobre os últimos livros que li.

King Crimson - "Discipline"; King Crimson - "Beat"; Tangerine Dream - "Rubycon"; Brian Eno & David Byrne - "My life in the bush of ghosts"










quinta-feira, 25 de abril de 2013

Dia do Vinil (XII-XIV)

Mais três vídeos: Olias of Sunhillow (Jon Anderson), Atom Heart Mother (Pink Floyd) e Lizzard (King Crimson). Continuem comigo.










terça-feira, 23 de abril de 2013

O Panótico vê aqui e agora (316)



Amor Pleno
(2013)


Um casal, ela francesa (Olga Kurylenko, uma bond girl) e ele estadunidense (o insosso Ben Afleck) estão incrivelmente apaixonados em belas locações de Paris e no Monte Saint Michel. O gajo pede à rapariga em casamento, levando inclusive a filha desta para Oklahoma, e aí já temos uma queda de qualidade visual e civilizatória, um lugar beeeeeem jeca. A mãe separada de fato, Marina, pensa que vai viver de amor, e a menina de dez anos, Tatiana, quer um pai. As imagens dos EUA remetem a espaços amplos, carros e produtos de supermercados.


Marina procura apoio junto ao padre Quintana (Javier Bardem), e eu pensei, está aí um ator que vale por um filme. O padre está perdendo a sua fé e Marina perde o amor de Neil. Neil está novamente interessado em Jane (Rachel McAdams), uma ex-namorada. Marina volta a Paris, a filha vai morar com o pai e Marina quer casar nos EUA e receber um green card.


Fiquei esperando uma grande atuação de Javier Bardem. E fiquei esperando um enredo razoável. Este é o quarto filme que assisto do diretor Terrence Malick. Adorei Cinzas no Paraíso, mas Atrás da Linha Vermelha e a Árvore da Vida são bem maçantes. Salva-se, sempre, a fotografia impecável. Acho que é a última vez que vejo um filme de Malick.

Dia do Vinil (VII-XI)

Estou adorando gravar estes vídeos sobre os meus discos. É mais prazeroso do que escrever e fotografá-los. Vinis: The lamb lies down on Broadway (Genesis), Seconds out (Genesis), Yesshows (Yes), The concerts in China (Jean Michel Jarre), Yessongs (Yes)


 









domingo, 21 de abril de 2013

Dia do Vinil.

Resolvi homenagear o Dia do Vinil gravando vídeos sobre os meus primeiros vinis.



















sábado, 20 de abril de 2013

O Panótico ouve aqui e agora (112)


Delta Machine
(Depeche Mode)


Eu ouço Depeche Mode há exatos trinta anos, desde quando o segundo lp da banda, o clássico A broken frame (1982) foi lançado no Brasil e o technopop do grupo me conquistou de vez. De lá para cá, o grupo somente lançou discos bons, mesmo quando mergulhou na pop music com Music for the masses (1989).


Este é o décimo terceiro álbum do grupo inglês. Mantém o mesmo padrão que caracteriza o trio [Andrew Fletcher, sintetizadores/ o compositor de quase tudo Martin Gore e também tecladista/ e o vozeirão Dave Gahan, desde a saída de Alan Wilder (sintetizadores) em meados dos noventa]: uma base eletrônica assimilável, muitas vezes dançante, mas bem superior a esta pobreza que domina as discotecas do mundo. As músicas são bem contemplativas e intimistas. As letras reflexivas falam de solidão, a busca por amor, sentido na vida e outros temas adultos. A fotografia de Anton Corbijn ajudam a formar o conceito do grupo. É um conjunto estético belo, moderno, cosmopolita.


Esta versão de luxo que recebi agora de um primo que foi à Europa vem com dois cds (com quatro faixas extras) e o encarte com 28 páginas e letras, por apenas quatro euros a mais que a versão simples. É um atrativo e um respeito pelo consumidor que não se encontra equivalente na indústria fonográfica brasileira.


O álbum começa forte,com Welcome to my world, e têm sido assim desde Ultra (1997). O fã já é avisado de que a banda vai oferecer o que ele espera. A segunda faixa, Angel, já se encontra nos veículos de comunicação. Heaven é provavelmente a faixa de trabalho do cd, com um clip já disponível há mais de mês no Youtube.


Secret to the end fala do fim de um relacionamento, mas tem um pique enérgico que leva a pensar que o tema seria outro. É a primeira faixa escrita por Dave Gahan para o Depeche Mode de que eu me recorde (há mais quatro outras no álbum, em parceria com Kurt Uenala, mas este eu não sei quem é)


Slow tem um ritmo lânguido, sempre há uma faixa assim nos últimos cds do grupo, e o que mais vale aqui são os sintetizadores criando uma paisagem sonora. Broken é sobre amizades que se perdem. The child inside é com Martin Gore cantando solo (muito bem) e muito semelhante à outras anteriores. Repito: este é um disco nos moldes dos últimos cds da banda.


Soft touch é uma faixa dispensável, não vou ouvi-la mais vezes. Já a seguinte  You should be higher é daquelas que colam na mente, Dave Gahan canta "as suas mentiras são mais atraentes do que a verdade". Alone  provavelmente vai ser a minha preferida, vai ficar por décadas: "There's a thin grey line/Between the black and the white/It's evidently hard to find at night". Goodbye encerra bem o primeiro cd, com alguém que se despede da vida. Para Dave Gahan isto esteve próximo da verdade um bom período de sua vida.


Soothe my soul é daquelas faixas fortes em que uma linha de sintetizador comanda a melodia. Goodbye encerra bem o primeiro cd, com alguém que se despede da vida. Para Dave Gahan isto esteve próximo da verdade um bom período de sua vida.














Faixas adicionais me cheiram mais a uma isca para fãs que querem ter tudo de uma banda. Mas eu acho que atualmente as bandas estão fazendo valer a pena o ouvinte gastar mais alguns trocados (na Europa e nos EUA, aqui, não). Long time lie, Happens all the time, Always e All that's mine são claramente voltadas para os fãs, não acrescentam nada a quem vê o grupo como uma banda pop/dançante. É provável que parte dos fãs prefira que o grupo fizesse todo o cd nesta linha mais alternativa. Eu não, eu gosto do DM do jeito que eles são, é quase um amor ideal.












terça-feira, 9 de abril de 2013

Leitura recomendada.






Amanhã vou concluir, finalmente, a minha dissertação de mestrado, após dois anos de angústias e ansiedades. Para escrevê-la eu li todos estes livros e mais alguns.


O Beaujolais eu vou ler depois.

segunda-feira, 1 de abril de 2013

My best loved 1973 rock albums (4)




Brain Salad Surgery
(Emerson, Lake & Palmer)



Conheci o trio inglês Emerson, Lake & Palmer lá pelos idos de 1976 em um saudoso programa dos sábados à tarde da tv Globo que exibia muita coisa boa dos anos setenta, e é uma pena que eu era muito criança para compreender o que se passava. Na minha mente ficou a imagem de três caminhões dos músicos, com os respectivos nomes, levando os instrumentos pelas estradas dos EUA.

Quando comecei a ouvir progressivo, dois anos depois, o ELP era um grupo na minha mira. Fui ouvindo-o gradativamente, não gostava tanto quanto eu amava Genesis, Yes e King Crimson, pois o som do trio me parecia meio voltado para o grande público, um pouco estereotipado.

Ouvi Brain Salad Surgery no final de 1981, e a primeira faixa, Jerusalem, me pareceu muito careta,  -embora muito bonita -, algo que não combinava com a capa de H.R.Giger, o criador de Alien. A segunda faixa, no entanto, Toccata, era mais uma brilhante interpretação de clássicos pela banda. Daí em diante o disco é quase tudo o que um fã de progressivo quer: músicos competentes tocando muito, mas com harmonia, sentido, contextualização, ambientação, evolução, etc., não é só tocar por tocar, não é apenas fazer solos indefinidos.

Keith Emerson (teclados) era o dono do grupo. O cantor e baixista Greg Lake, a cara comercial da banda, do tipo que fazia as moças comprarem o disco da banda e somente ouvir as baladinhas, como a terceira faixa, Still...you turn me on. E o batera Carl Palmer estava lá porque banda precisava de bateria, ora bolas. Guitarrista? Jimi Hendrix quis tocar com o grupo e Keith Emerson said: no, no, no...

Benny the Bouncer é uma bobeirinha que me fazia duvidar (muito) da seriedade do grupo e depois vem Karn 9, uma suíte de trinta minutos, do tipo ame o progressivo ou o deteste.

Brain Salad Surgery é o quinto, o melhor, e o último disco bom do Emerson, Lake & Palmer.


My best loved 1983 rock albums (4)




Synchronicity
(The Police)




O Police foi um dos primeiros grupos new wave de sucesso internacional. O trio britânico formado em 1977 por Gordon Sting Sumner (voz e baixo), Andy Summers (guitarra e sintetizadores) e o estadunidense Stewart Copeland (bateria e percussão) lançou cinco discos entre 1978 e 1983, todos eles atingindo os primeiros lugares inclusive nos EUA. Com canções em sua quase totalidade compostas em letra e música por Sting, o Police era uma máquina de fazer hits, em cada um de seus álbuns havia pelo menos meia dúzia delas. Boa parte deste sucesso se devia ao cantor, que encantava a mulherada.

Eu ouvi o The Police pela primeira vez em um clip no antigo Cassino da Chacrinha, em 1980. Era o mega-sucesso De do do do da da da (do terceiro álbum, Zenyatta Mondatta, de 1980)Achei-a bem bobinha, excessivamente pop, para mim era só mais um grupo idiota de passagem. No início de 1981 eles estiveram no Brasil, tocaram no Maracanãzinho, mas não dei valor.

Mas em 1982 a tv e a imprensa brasileira abriram espaço para as novas tendências inglesas em rock. Embora ainda estivesse excessivamente inteirado com o progressivo, eu não queria fechar os ouvidos para o que poderia vir de bom. 1982 foi um ano excelente para a música. Gostei muito de Don't stand so close to me, do mesmo Zenyatta Mondatta, e o álbum seguinte (Ghost in the Machine, de 1981) foi o primeiro que adquiri da banda e ainda o considero um excelente álbum, particularmente Spirits in the Material World. Li umas entrevistas de Sting, e, ao contrário de pop stars fútil, o cara me pareceu uma pessoa inteligente, culta e leitor voraz. Paralelamente, o guitarrista Andy Summers gravou um disco com Robert Fripp (I advance masked), do King Crimson, o que, além de ser um ótimo trabalho, me dava um certificado de qualidade do policial.

Ouvi Synchronicity pela vez em uma livraria, pelo rádio, e adorei a introdução da primeira faixa. Comprei o disco, e uns dois anos depois, os três primeiros. O Police teria acabado por causa de grana. Sting fazia quase tudo que rendia, mas a divisão dos lucros lhe era aparentemente desvantajosa. Rompeu a banda, lançou três discos excelentes de estrondoso sucesso - The dream of the blue turtle (1985), Bring on the night (1986) e Nothing like the sun (1987). Depois disso, Sting não fez nada mais de qualidade, sequer razoável, hoje ele é tipo um músico de MPB, que vive do passado.

As minhas preferidas são Synchronicty I e II. Gosto de Wrapped around your finger pelo belo clip.